quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EDUARDO CASTRO


Eduardo Castro de Aquino Lima, nascido a 08 de outubro de 1951, no município de Rio Sono, estado de Tocantins, até então estado de Goiás e residindo atualmente na cidade de Marabá estado do Pará desde 1988.
            Auto didata, alfabetizando-se somente aos quinze anos de idade, iniciando a partir daí, a sua grande afinidade com a literatura, o escritor e poeta Eduardo Castro é membro fundador da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense, onde ocupa a cadeira nº 03, tendo como patrono o consagrado poeta Gonçalves Dias, e tem a arte literária como uma paixão em sua vida.
            As suas obras são sempre marcadas por temas de caráter social, pela busca à cidadania, e pela preservação da natureza, sempre em nome da vida.



 
OBRAS DO AUTOR
Tributo a vida
O verbo viver
Estação vida
Sempre por amor
Olhos nos olhos
O palhaço profeta I
O palhaço profeta II
Pau-Brasil
Tributo a RIO SONO


 CARO LEITOR

            A minha proposta como escritor e poeta não é somente trabalhar a palavra escrita, moldurando o belo através dos deslumbramentos do mundo encantado da imaginação criadora.
            Sem o afã pela busca de um lugar à luz do sol da arte literária, procuro trabalhar a palavra escrita às vezes de maneira lúdica, extravasando meu íntimo revelando meus anseios e expondo meus pontos de vista muitas vezes em tom bastante patético, clamando assim a meu próximo por uma reflexão de caráter social a cerca dos caminhos a serem percorridos para a conquista de um mundo idealizado com justiça e paz social, onde o conceito de cidadania possa realmente fazer jus à condição de ser cidadão.
            Seguindo este caminho: sensível aos problemas do mundo real; e por não comungar com os ajustes dos pactos sociais que não incluem em suas determinações os anseios daqueles que vivem a experimentar o sabor amargo da exclusão social, não me curvando portanto, aos afagos da vaidade soberba, às vezes sofro, preferindo ousar, questionando os fatos num constante desafio ao mundo da intolerância que leva o homem a sentimentos profanos, desviando-o dos caminhos que o levam ao sagrado mundo de paz.
            Por não viver o pecado da omissão e da inércia, sou visto com indiferença aos olhos do sectarismo que leva os homens da intolerância à condição de seres menos humanos, mas nem por isso perco a minha postura, avista disso, tenho a convicção e a esperança de que a minha missão será cumprida e a minha proposta será reconhecida mesmo que seja quando tornar-me somente uma página de saudades nos arquivos de lembranças, pois a mim pouco importa que seja somente depois que o sol se pôr para mim lá na posteridade.
            Afinal, o que importa para mim, é trabalhar as minhas convicções com a esperança de que a paz entre os povos ainda seja possível, sentindo-me assim incitado a não curvar-me também às decepções experimentadas, acreditando sempre nos homens de boa vontade e acima de tudo, na sabedoria infinita do Poeta Superior, O Pai Criador de todas as coisas, que bondosamente fertilizou todo o universo semeando sobre a sua grandiosa obra, a semente da prosperidade para a inspiração poética e inovadora da vida, deixando ao homem o legado para cultivá-la com sabedoria e o espírito de renúncia e de solidariedade para que em nome da paz, possa colher, compartilhando com seu próximo, os frutos para um novo semear, na certeza de que virão prósperas e fartas colheitas.
            Portanto, proponho ao leitor, a uma reflexão de caráter social em defesa da vida: pois somente juntos, construiremos as bases sólidas para a edificação de um mundo onde possa prevalecer a tolerância, à luz do amor, da fraternidade e da paz.

 
AMARGOR DA SOLIDÃO

Tomara haja solidariedade às crianças
Que são levadas a amargar a solidão
No limbo da exclusão social:
E que ainda Sonham um dia
A vida com dignidade;
Vivendo a felicidade
E as Benesses da cidadania.

Tomara haja solidariedade aos enfermos
Que convalescem; ávidos e esperançosos
Pelas suas breves recuperações;
Enquanto amargam a solidão
Nos leitos dos hospitais.

Tomara haja clemência
Aos justos e inocentes
Que sofrem a indiferença da justiça
Que um dia os condenou,
A amargar a solidão dos cárceres
Pagando um alto preço
Por um erro que não cometeram

Tomara haja compaixão;
Àqueles que seguiram os caminhos do mal;
Acumulando ódio em seus corações,
Tornaram-se seres profanos,
Praticando desatinos contra a sociedade
E que amargaram a solidão dos calabouços,
Privados de gozar as benesses
Do convívio social.

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