quinta-feira, 11 de agosto de 2011

JORGE WASHINGTON TORRES MARQUES





 
 
Jorge Washington Torres Marques é natural do estado do Maranhão,  filho dos nordestinos Rafael Marques Neto e Clotildes Torres Marques, mas mora no estado do Pará desde a infância em razão da vinda dos pais no período da colonização da Transamazônica.  Estudou toda a sua vida em escola publica, cursando Letras pela Universidade Federal do Pará, atualmente estudante de pós-graduação na Universidade Lomas de Zamora, em Buenos Aires, Argentina, onde curso mestrado e doutorado.
O autor é membro imortal da Academia de Letras do Brasil desde outubro de 2010, ocasião em que foi convidado a integrar a Associação Internacional de Poetas del Mundo e o Clube brasileiro da Língua Portuguesa. É membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará desde 2009.
Publicou, em 1998, o livro Alma-Flor de Castanheira, sendo a sua primeira obra literária divulgada em  tiragem autônoma. Publicou mais tarde o livro Versos Noturnos, 2004, e em 2008 publicou o romance Tua ausência, que se trata de uma curiosa obra em que o autor não utiliza a letra a.
Jorge Washington é um típico poeta regional que gosta de descrever metaforicamente o mundo em que vive sem perder de vista as causas gerais da humanidade, razão porque sua obra  tem um aspecto  amplo. Além de poesia, o autor escreve romance, crônicas e  narrativas para adolescentes, mas sua veia artística não se restringe à literatura, tendo também uma vazão para as artes plásticas com pinturas em nanquim e óleo sobre tela, cujos traços se assemelham com as característica de sua poesia.



 
AO LADO DO MUNDO

Peguei meu velho banquinho
sentei ao lado do mundo
só para vê-lo passar,
passou noite, passou dia
a bomba, a fome, a sede
a miséria, o ódio e a guerra,
e eu sentado lá
no meu banquinho velho
com a mão calçando o queixo
pra ver o meu mundo passar.

Epidemias de invejas
As feridas aumentando
Eu via um mundo doente
E as gerações passando.

Peguei meu velho banquinho
Mesmo apertando o peito
Ainda olhei meu mundo
Pra ver se ele ainda havia jeito
E quando a tarde caía,
Antes que anoitecesse
Passo a passo fui sumindo
Na penumbra do infinito,
Só eu e o baquinho,
O meu corpo cintilava
Sob o olhar atento do poeta
Eu luzia esperança,
entre as estrelas anônimas do infinito.













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