quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ROSA PERES



Rosa Peres é uma dessas mulheres que tem paixão pela escrita desde a infância.  Ouvir as pessoas e contar as suas estórias e histórias tem impulsionado a carreira literária atual desta escritora que ama falar de sua terra e sua gente.
            Pedagoga pela UFPA - Universidade Federal do Pará, Especialista em Educação, Ensino Superior e Gerência de Cidades. Sócia Fundadora da CORPPO-CONFRARIA Rondonparaense de Poetas e Pensadores de Rondon; Membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará, cadeira N° 09, patrona Cora Coralina.
            Desde  1987, Rosa Peres atirou-se plenamente na defesa da arte como forma universal, enfatizando a miscigenação e a diversidade cultural do Sul e Sudeste Paraense.
 Realizou Simpósios, Feiras, Festivais de Música, Teatro e Dança para unir a nação Paraense através da Arte.
            Atualmente é coordenadora do Núcleo Universitário de Rondon do Pará.
                                                                                                                                 

 
Ebulição Poética


Minha aura reflete poesia,
Os versos perpassam pela garganta emaranhados feito teia, tecendo a essência do ser,
Minha corrente sanguínea destila o épico,
Hemoglobina literária geral,
Meu pulmão filtra os estilos clássicos,
Meu corpo tem letras no lugar de células,
Eufemismo circula pelo cérebro,
Metáforas pulsam no meu coração, um baile literário bombando vida para o corpo!
Salivo hibérpoles,
Sou neuro-linguística,
O fígado extrai o néctar da prosopopéia,
Só vejo poemas nos muros,
Só respiro poesias nos guetos,
Só rabisco sentimentos nos outdoors urbanos,
Pansofia  em pátena para decifrar  o poeta!
Uma invasão bruta da poesia gótica, insana que atravessa em nódulos silábicos , minha garganta,
Sou cognição literária em erupção!
Bebo narrativas  populares,
Embriago-me nas madrugadas bucólicas,
Inebrio-me de lirismo,
Choro lágrimas acacianas, cujo perfume suga o néctar da poesia de vanguarda,
Grito, grito pavorosamente em pânico:
O POETA NÃO PODE MORRER!
Depois vem o acalanto,
Meu corpo pede arte,
Minha mente míngua arte,
Meu coração pulsa um sangue poético férvido,
Minha caneta escreve sangue escarlate vivo,
Dentro de mim flui vulcão literário em erupção,
Entrelinhas de um quase orgasmo literário,
Uma epopéia viril,
Oxigênio poético!
Percorro o caminho das estrelas,
Um lago imaginário de palavras,
Minha caneta tem asas,
Meu papel respira!
Berro nos guetos urbanos,
Grito pelos campos,
Meu corpo é um ébano resiliente! 
Arte, sangue, vida, Arte!





2 comentários:

  1. Cara colega Rosa Peres,fico lisongeada em saber que usou algumas referências de minha poesia "Dramática", que foi publicada na Antologia "VI concurso Kelps de poesia falada", de 2007, para compor a sua "Ebulição Poética", mas agradeceria se citasse a autoria dessa inspiração.
    Abaixo está minha poesia na íntegra:

    Há versos em minha garganta,
    Sufocando-me.
    Há prosa em meu sangue:
    Hemoglobina literária,
    Letras no lugar de células.
    Há sinapses de palavras
    Em meu cérebro:
    Neuro lingüística.

    Sou toda lírica,
    Épica, narrativa.
    Sou dramática.

    Um abraço!
    Simone Athayde

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  2. Tive a honra de conhecê-la pessoalmente, um amor de pessoa! Que orgulho dessa conterrãnea paraense e desse amor pela literatura.

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